Investigações levaram à denúncia contra 20 pessoas
ligadas ao “Grupo Líder”. Prejuízo aos cofres públicos pode chegar a mais de R$
500 milhões
Os mandados de prisão cumpridos nesta sexta-feira (17)
pela Polícia Federal em Mossoró, dentro da terceira etapa da chamada Operação
Salt, resultaram de ações ajuizadas pelo Ministério Público Federal (MPF), que
apresentou quatro denúncias por lavagem de dinheiro, uma denúncia por
organização criminosa, uma denúncia por falsidade ideológica e um pedido de
prisão preventiva, envolvendo um total de 20 pessoas.
O
grupo é acusado de integrar uma organização criminosa que, desde 1990, especializou-se
em praticar os crimes de sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária,
falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Por meio de um grande emaranhado de empresas, muitas
delas de “fachada”, o chamado Grupo Líder conseguiu sonegar mais de R$ 500
milhões.
As ilegalidades já haviam levado a Polícia Federal a deflagrar outras
duas operações, sendo uma delas em dezembro de 2013 (Operação Salt I) e a
segunda em 26 de março deste ano (Operação Salt II).
“Muito embora algumas das empresas do grupo ostentem patrimônio e receita para saldar suas obrigações tributárias,
a organização se utiliza do artifício de criar empresas que só existem no
papel, inclusive constituídas a partir da utilização de 'laranja', para
garantir o livre ingresso de receitas nos caixas do grupo, assim como o
branqueamento de bens, mediante complexo esquema de blindagem patrimonial
contra as ações da Receita Federal do Brasil”, destacam as ações, de autoria
dos procuradores da República Aécio Tarouco e Emanuel Ferreira.
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