A JITIRANA FLORADA

A flora nordestina parece ser mágica, quando não chove a terra fica seca, cinzenta de poeira, o mato seco que faz parecer que toda vegetação morreu e tudo está perdido sem chances de recuperação.

Mais quando chove, em poucos dias tudo ganha cor. O verde aparece como se tudo fosse uma mágica, pensando bem, a Natureza é mesmo mágica, ela muda tudo em minutos.

Na imagem vemos a jitirana florada, suas flores brancas se destacam sobre a cor verde da ramagem. As abelhas não perdem tempo, com pressa elas colhem o néctar do pólen das flores para a fabricação do “ouro doce” medicinal e nutritivo, como o mel da Italiana. Isso é uma das riquezas do nosso amado sertão!

            

TUDO SECO NO SERTÃO

Ao visitar o município de Antonio Martins, na semana que passou, pude ver de perto o estrago da seca naquela região. Revolta o cidadão não ver investimentos por parte do governo que acabem com esse sofrimento do povo.

Todo ano de seca é a mesma coisa, os açudes de pequeno porte secam e o desespero das pessoas é grande, porque eles dependem da água para dar de beber aos animais.

Já foi feito muito, mas está longe do suficiente. O pior é que precisaria de valores bem menores do que vemos investidos em obras de ornamentação nas cidades maiores, açudes feitos usando apenas barro já mudariam a história do nordestino.

Quando há inverno, há água de sobra, como não têm reservatórios suficientes ela vai embora, e quando chega a estiagem faz falta ao homem do campo. O governo teria que construir açudes grandes para garantir água e ração para os animais durante tempos difíceis.

Os prejuízos causados pela seca são incalculáveis, não tem matemático que consiga fazer a conta do quanto perdemos de produzir em anos como esse. O leite, carne, o ovo da galinha caipira, a carne de bode, de porco, mel de abelha, peixe, gergelim, fava, castanha de caju, batata-doce, jerimum, melancia, milho, feijão e muitos outros produtos que não lembro no momento.

Acredito que a nossa economia vai sentir muito ao longo dos anos, ao contrário do que muitos pensam, que o problema acaba com a chegada do inverno.

Na foto abaixo uma pinha assada pelo Sol

SERTÃO SECO: DESAFIO PARA VIDA DE ESPÉCIES.

No dia de ontem viajei pela RN 117 com destino ao alto Oeste, e durante toda viagem vinha observava o estado da vegetação. O sol forte e a ausência da chuva deixaram tudo cinzento, virando pó, sertão a fora.

Quando se fala em seca, agente só lembra do gado, das pessoas e das plantações. É certo que primeiro devemos nos preocupar com os principais atingidos que fazem parte do nosso dia-a-dia. Só que os prejuízos da seca são muito maiores do que se imagina.

Uma grande batalha se forma entre a vida e a morte dentro destas matas secas, vidas essas que são muito importantes para nós. Os insetos e animais que fazem parte do nosso eco sistema lutam contra a morte e muitos não resistem.

As aves e as abelhas têm a vantagem de migrarem, mas mesmo assim se tornam presas fáceis para os predadores na aventura da procura pela água.

Como sou um homem sonhador, acredito que ainda chegará o dia de podermos fazer algo para sustentar a nossa fauna em desastres feitos pela natureza.

OS HORRORES DA SECA NO NORDESTE

É muito preocupante o estado em que se encontra a região nordeste por conta da seca. Quem mora na cidade não tem noção do quanto sofre o homem do campo que mora no sitio e vive da agricultura.

O país melhorou muito, só que nos interiores as mudanças ainda são muito poucas no combate a seca, os políticos não investem em prevenção e quando não chove a situação se agrava imediatamente.

O que considero mais critico é a falta de alimento para os animais, as percas são incalculáveis, muito animal morre de fome na caatinga “cinzenta” sem vida.

Ainda bem que para as pessoas não falta o alimento como antigamente, a população não sofre tanto como antes, graças a Deus que pelo menos a fome está praticamente extinta no Nordeste, não tenho certeza disso, mas é o que me parece.

Há décadas passadas, a essas alturas as cidades já estavam sendo atacadas pelas pessoas com fome, invadiam comércios e levavam na marra tudo que tinha de comida, os donos não podiam fazer nada, só olhavam a destruição de tudo em fração de minutos.