A senadora Fátima Bezerra
repudiou, nesta segunda-feira (05), da tribuna do Senado, as ofensas praticadas
pela revista IstoÉ contra a presidenta Dilma Rousseff.
No último final de
semana, a publicação traz uma reportagem que trata de fantasiosos casos de descontrole
emocional da presidenta.
Fátima alegou que a iminente
derrota do impeachment está levando os adversários e parte da mídia
conservadora ao desespero. “ Quero aqui, neste momento, somar-me às vozes de
milhares de mulheres, não só pelo Brasil, mas pelo mundo afora, que já se
manifestaram em repúdio a essa matéria absurda, criminosa, de violência sexista
e de gênero contra a Presidenta Dilma.
Este País não será o país do ódio e não
será o país do machismo, de maneira nenhuma! Essa revista, o mínimo que ela
deve é pedir desculpas não à Presidenta Dilma, mas às mulheres do Brasil. É
inadmissível, é inaceitável que, de repente, uma revista que chega aos lares
das famílias brasileiras se preste a fazer um jornalismo de esgoto desse! Nós
exigimos respeito! A luta política tem que ter limites!”, afirmou.
Fátima lamentou ainda que
deputado Eduardo Cunha esteja na cadeira de Presidente da Câmara, manobrando
inclusive para que o processo a que ele responde por quebra de decoro
parlamentar possa se estender cada vez mais.
“É uma vergonha para o Brasil o
Sr. Eduardo Cunha estar sentado ainda na cadeira da Presidência da Câmara, um
presidente que o Brasil inteiro sabe que aceitou o pedido de impeachment contra
a presidenta Dilma por um ato meramente de vingança.
Ele já é réu, respondendo
a vários processos de ocultação de bens, de contas no exterior etc. Contra ele,
sim, os motivos existem mais do que de sobra e suficientes para que ele não
estivesse mais naquela Casa e muito menos comandando o processo de impeachment
contra uma presidenta”, criticou.
Manifestações
Fátima também fez um
registro das manifestações do último dia 31 de março. Ela lembrou que quase um
milhão de pessoas foram às ruas de todo o Brasil para se posicionar
contrariamente à tentativa de ruptura do estado democrático de direito.
“Eu me
emocionei mais uma vez, e muito, no dia 31 de março, em Natal, até pelo
simbolismo que a data tem.O 31 de março, há 52 anos, foi o dia do golpe que
jogou este País nas trevas. Agora, o 31 de março de 2016 entra para a História
como o dia em que nós começamos a sepultar o golpe; entra para a História como
o dia da defesa da democracia. (…) Este País não entrará em uma nova era de
trevas, e, portanto, não vai haver golpe”, garantiu.
Fátima assegurou que, ao
contrário de uns e outros que pensam ter o monopólio sobre as cores da bandeira
nacional, nas manifestações da última quinta-feira não houve espaço para
preconceitos e exclusões. “Estamos cada vez mais confiantes de que os que
tentam golpear a democracia vão quebrar a cara, porque a população está cada
vez mais atenta; está cada vez mais separando o joio do trigo; está cada vez
mais entendendo que o processo de impeachment contra a Presidenta não se
sustenta de pé”, salientou.
Fátima finalizou seu
discurso com uma homenagem aos que lutaram contra o golpe de 1964 e a ditadura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário